Nos primeiros anos da década de 1990, eu era um jovem adolescente com um futuro destinado ao "desajuste social" ou a tentar vencer na vida. Morava num Bairro formado por pela classe trabalhadora, antes da abertura das portas para a classe média. As perspectivas estavam reduzidas aos pequenos furtos, consumos de drogas químicas ou ser uma peça na linha de produção fabril ou no atendimento e prestação de serviços. Aquela coisa de trabalhar por longas horas e ganhar pouco.
As músicas contendo doses enérgicas eram o suficiente para me manter vivo em longas horas de tédio no Bairro Floresta. As letras falando sobre viver na cidade despertavam questionamentos sobre o que via e sentia de opressão. A necessidade de ser ouvido na minha adolescência, a compreensão de todas as pessoas como portadores de direitos por serem humanos históricos...
Sabe, as razões são múltiplas para sentir uma tristeza com a prematura morte de Redson, que sem saber passou por aqui como um grande estimulador e provocador de mudanças que nenhum professor e pedagogo realizou na minha vida.
(Por Maikon K)
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